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ENQUADRAMENTO

A formação profissional assume um papel central e de crescente importância (a par da educação) perante os novos desafios que surgem no país e na União Europeia: globalização, envelhecimento da população, emergência e utilização crescente de novas tecnologias e consequente necessidade de atualização e aquisição de competências .
Tais desafios requerem um aumento do investimento no capital humano e na necessária adaptação dos sistemas de educação e formação existentes. A aposta na formação profissional conduz à estruturação e competitividade dos mercados de trabalho e do tecido económico no seu todo. A educação e a formação assumem, assim, um papel decisivo na transição para uma sociedade e economia baseadas no conhecimento.

PROGRAMA

- Formador: Sistema, Contextos e Perfil;

- Simulação Pedagógica Inicial;

- Comunicação e Dinamização de Grupos em Formação;

- Metodologias e Estratégias Pedagógicas;

- Operacionalização da Formação: do plano à acção;

- Recursos Didácticos e Multimédia;

- Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem;

- Avaliação da Formação e das Aprendizagens;

- Simulação Pedagógica Final.

CERTIFICAÇÃO

Certificado emitido pelo Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO) do Ministério da Educação (Portaria nº 474/2010, de 8 de Julho), com enquadramento legal no Sistema Nacional de Qualificações (Decreto-Lei nº 396/2007). E certificado de competências pedagógicas (CCP) atribuído pelo IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional.

LEGISLAÇÃO

O Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro, que estabelece o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), a melhoria da qualidade da formação profissional, das suas práticas e dos seus resultados, exige uma atuação que promova a capacidade técnica e pedagógica dos formadores, através do reforço permanente das suas competências.
Neste sentido, o novo regime jurídico, aprovado pela Portaria nº 214/2011 de 30 de maio, procura responder a estas necessidades, definindo novas regras relativas aos dispositivos de qualificação e certificação pedagógica de formadores, sejam eles de Formação Inicial, Contínua ou de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, com mais exigência, coerência e transparência, facilitando a perceção por parte dos diversos públicos e das entidades formadoras e simplificando e desburocratizando procedimentos.

OBJETIVOS

Reforçar a qualidade da Formação Profissional através da realização dos seguintes objetivos: 
- Valorizar a certificação da aptidão pedagógica do formador, estimulando a mobilização das competências capazes de induzir uma relação pedagógica eficaz em diferentes contextos de aprendizagem;
- Estabelecer a obrigatoriedade da Formação Pedagógica Inicial para o acesso à atividade de formador garantindo uma intervenção qualificada neste domínio;
- ​Promover a formação contínua dos formadores, salientando a necessidade da sua atualização permanente, em especial daqueles que intervêm em ações dirigidas a públicos mais desfavorecidos, na mediação de formação, na formação de formadores, na formação a distância, na formação em contexto de trabalho, na gestão e coordenação da formação, bem como na consultadoria de formação, particularmente junto das PME.

DESTINATÁRIOS

A Formação Pedagógica Inicial de formadores é dirigida a indivíduos que pretendam adquirir o Certificado de Competâncias Pedagógicas (CCP) para exercer a atividade de formador.

REQUISITOS

As condições de acesso à Formação Pedagógica Inicial de Formadores exigem a verificação dos requisitos de entrada, exigidos pela Portaria nº 214/2011 de 30 de maio, associados ao nível de qualificação escolar:
- Deve ter preferencialmente uma qualificação de nível superior;
- Não pode ter qualificações inferiores ao 9º ano de escolaridade.

Sem prejuízo dos critérios legais, deverão constituir critérios de acesso os seguintes:
- Interesse e motivação para a realização da ação de formação;
- Disponibilidade;
- Situação profissional;
- Expectativas e necessidades de formação;
- Relacionamento interpessoal (capacidade de comunicação e interação, tolerância, capacidade facilidade de cooperação e de trabalho em equipa, capacidade de coordenação de trabalho, …)
- Competências pessoais e sociais adequadas à função: autonomia, assertividade, capacidade de resolução de problemas, espírito empreendedor, iniciativa, criatividade, flexibilidade, …)
- Competências básicas no domínio das TIC;
- Experiência profissional.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A formação pedagógica de formadores visa promover a aquisição, atualização e o aperfeiçoamento de competências, transferíveis para a sua prática.

Estas Competências situam-se ao nível da animação da formação e, também, no sentido alargado da sua função: 
- Na conceção e elaboração de programas de formação e de materiais pedagógicos;
- Na gestão e coordenação de formação;
- No campo da investigação e da experimentação de novas abordagens e metodologias aplicadas a públicos e contextos diversificados, em várias modalidades de formação. 

O formador deverá ser capaz de estabelecer uma relação pedagógica diferenciada, dinâmica e eficaz com múltiplos grupos ou indivíduos, de forma a favorecer a aquisição de conhecimentos e competências, bem como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos adequados ao desempenho profissional, tendo em atenção as exigências atuais e prospetivas do mercado de emprego. 

O FORMADOR

O Formador, atualmente, responde a múltiplos desafios e tem de estar preparado para enfrentar as necessidades de um mercado da formação profissional cada vez mais competitivo. Para responder a este objetivo é necessário, em primeiro lugar, perceber quem é o Formador. De uma forma geral, pode afirmar-se que se trata de um indivíduo qualificado, detentor de habilitações académicas e profissionais específicas, cuja intervenção auxilia o formando na aquisição de conhecimentos e/ou desenvolvimento de capacidades, atitudes e formas de comportamento. No entanto, atualmente as empresas e o próprio mercado esperam mais do Formador: exigem um “ser” inspirador, motivador e mobilizador, capaz de romper com os paradigmas tradicionais, pró-ativo, empreendedor e criativo. Os Formadores devem ser profissionais “empresários de si”, que constroem o seu percurso através do que Joaquim Azevedo (1999) designou de “voos de borboleta”. Enquanto construtores e gestores autónomos da sua carreira, procuram “voar” através das flutuações do mercado de trabalho, enraizando em si próprios um leque de competências precioso no suporte dos seus “sinuosos” percursos. Ao Formador não basta ensinar e transmitir conhecimentos, é necessário ser um “facilitador” da aprendizagem, um estimulador à criação de novos comportamentos e atitudes, um profissional que exerça influência nos seus formandos – orientação centrada no cliente - no que respeita à excelência, que observe e estude as diferenças individuais dos sujeitos, as suas consequências e as suas causas. O Formador é um profissional multitasking (multitarefas) que deve, simultaneamente, mobilizar competências das áreas de psicologia, sociologia, pedagogia, gestão, marketing, entre outras ciências. Daqui decorre o facto destes “gestores de si” acumularem diferentes funções ao longo das suas carreiras, como se de uma pequena empresa se tratasse. A utilização desta metáfora serve para afirmar que estes profissionais detêm em si mesmos um “departamento de marketing”, um “departamento de recursos humanos”, um “departamento de contabilidade”, um “departamento de formação”, … assemelhando-se ao perfil de profissional que emerge cada vez mais no atual mercado, e que tem associada a incerteza e a mudança, em ritmo acelerado. Assim, aos formadores é exigido que mobilizem competências fortemente orientadas, não só para o âmbito pedagógico, mas para atitudes e comportamentos que consigam destacar, de um modo singular, no seio da elevada oferta que existe de formadores no mercado. A diferenciação comporta a necessidade de ser empreendedor, ter autonomia e espírito de iniciativa, capacidade de adaptação a qualquer público, ser capaz de sair “do âmbito da sala” e ir para além do que é tradicional e convencional. Em suma, exige-se inovação, criatividade, diversidade e mediação. Neste contexto, existe um conjunto de “drivers” de mudança associados às fortes e rápidas evoluções societais, económicas, tecnológicas e socioprofissionais, assim como à crescente heterogeneidade dos clientes (formandos), tendências que obrigam a uma reorganização dos modelos e processos de ensino-aprendizagem.

DETALHes do CURSO:

B-Learning | Pós laboral

135

(+ oferta de webinário à escolha)

  • 90 horas
  • Curso Homologado

  • 12 vagas
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